Somos instantes. Nada mais do que isso. Mas queria ter-te na minha vida de forma intemporal. Desde o princípio que me avisas que todas as histórias têm finais. Sejam eles quais forem. O teu destino nunca esteve nas minhas mãos. E quem me dera tê-lo por um segundo, apenas. Dar-lhe-ia um segundo de intensidade, na esperança de que ele se apaixonasse por mim e nunca mais me quisesse largar. O teu destino, esse incerto e sorridente, diz-me que não pode ser meu. Porque és livre como o vento e eu nunca te iria querer partilhar com o mundo inteiro. És mais do que isso. És um pedaço de carne e de alma que me faz crer que o meu fado também é incerto e sorridente. Sabes, na verdade o meu destino nunca esteve tão longe e tão perto do teu. E isso significa que nunca te terei mais do que aquilo que somos: instantes.
28 outubro, 2013
24 outubro, 2013
Imaginar-te não me chega. É por isso que quero dizer-te que me fazes falta. Não raras vezes penso que estás em todo o lado. Mas não te vejo. E sei que, efetivamente, nunca estiveste lá. Isso faz doer. Porque o tempo continua a ter vida própria e foge-me sempre que te imagino. Tu és a coisa mais difícil e, ao mesmo tempo, a mais simples de guardar. Porque os teus detalhes são infinitos e aquilo que tu és parece-me eterno. Conheço-te de trás para a frente e isso assusta-me. Consigo ler-te de olhos fechados, tocar-te quando estás (tão) longe, e sentir o teu cheiro quando oiço a tua voz pelo telefone. Sei exatamente quem sou quando me abraças. E nunca quis ser tanto. Na verdade, eu só quero ser simples. E que os meus detalhes te façam imaginar-me, mas que isso também não te chegue.
23 setembro, 2013
A minha cama reconhece-te mesmo que nunca por cá tenhas passado. Ela sabe o teu nome, a cor da tua pele, o cheiro do teu cabelo. Sabe que te adoro. Sem tirar, nem pôr. Sabe também que sonho contigo. E que, na maioria das vezes, o faço de olhos abertos. A minha cama reconhece o teu sorriso. E reproduz a tua voz no meu ouvido, quando o meu pensamento adormece. Às vezes confunde-me porque, por breves instantes, vejo-te ali. Como se tudo fosse real. E sabes, se não fosses real, diria que eras um sonho. Daqueles que nunca "acordam"... Dorme bem.
25 abril, 2013
Ao longo da nossa vida nem sempre conhecemos as pessoas certas. Ou então não somos as pessoas certas para elas. Quando gostamos muito de alguém nem sempre damos a oportunidade de nos mostrarem tudo antes de "entrarem". E quando começam os estragos, percebemos de forma inequívoca que essas pessoas já estão emaranhadas, impregnadas em nós, como pedaços que já fazem parte. Nessa altura, percebemos que os tardes-demais também existem. E que a única palavra que descreve integralmente a VIDA é a INTENSIDADE. E para mim ser intensa é acreditar que todas as minhas histórias podem ser eternas. É acreditar que as relações são simples e que não têm prazo de validade. E se calhar o meu maior problema nem é acreditar, é ser a pessoa mais intensa que já conheci.
17 abril, 2013
A estupidez é uma doença. Pelo menos para mim, é. E as doenças pagam-se caro. Vivemos numa sociedade estúpida, doente e preconceituosa, onde só têm lugar os jovens, os belos e os espertos. Todos os outros são meros expectantes; verdadeiras personagens secundárias de uma realidade triste aos olhos de quem ama, de quem deseja, de quem se apaixona e de quem quer ser feliz. A verdade é que o amor, o desejo, a paixão e, em última instância, a felicidade são sensações estereotipadas, castradas e reduzidas por quem se acha o maior na sua verdadeira insignificância. A afetividade continua a ser um fantasma. Nos dias que correm é "normal" (como me perturba esta palavra) ouvirmos falar de Amor. Mas sabemos mesmo o que a palavra significa? Teremos capacidade de a sentir no nosso dia-a-dia? Ousaremos partilhá-la com alguém? Se calhar somos estupidamente pequenos para saber a sua dimensão. O vulcão químico interior não está sempre ativo, se não morreríamos não de doenças mas de uma fogosa paixão. Ao Amor tudo e nada lhe pertence. Não o quero sustentar com frases feitas. Não o quero tatuar com o "viveram felizes para sempre". Não o quero para mim. Quero-o para nós. Quero senti-lo. Agora.
E na verdade, são esses expectantes de que falava à pouco que vivem à margem da estupidez. Hoje não quero ser estúpida, por isso vou amar-te até amanhã. Não para-sempre, porque criar expetativas e ilusões é um fator destrutivo da felicidade e eu quero apenas um paraíso possível, onde tudo é "infinito enquanto dura".
16 abril, 2013
A noite chega sempre escura e fria. E não raras vezes me deito sozinha sobre ela. Outras vezes sozinha e sem ti. Não é bem a mesma coisa, sabes. Sozinha é não estares do lado direito da cama, mas estares em todos os outros lados. É sentir-te em cada canto, em cada pormenor, em cada detalhe. Sozinha e sem ti é desejar-te com toda a força e tu não estares, é procurar o teu cheiro nos meus lençóis e só encontrar o meu, é virar-me de costas para a tua vaga na esperança que me abraces como eu gosto e como só tu sabes e essa esperança morrer. Esta noite vou deitar a cabeça na almofada cansada por não saber onde estás. A noite continua escura, mas vem aquece-la, amor...

Ás vezes a vida atira-nos pessoas estranhamente capazes de nos fazerem felizes. E essas pessoas não sabem ao certo o poder que têm. Certas. Erradas. Não importa se nos fazem felizes. Se nos fazem felizes, agora e amanhã também. Bem-me-quer. Mal-me-quer. Bem-te-quero. E tu? Sabes quão certa ou errada sou na tua vida? A quantidade de vezes que nos fazem cócegas nos pés, que roubam o nosso melhor sorriso, que procuram respostas no nosso olhar e invadem e atrapalham os nossos sentidos, acaba sempre por nos confundir da cabeça aos pés. E, de todas essas vezes, ousamos acreditar que somos tudo aquilo com o que fazem de nós. Eu sou feliz. Por tua causa. Por tudo o que fazes de mim. Não gostas mais de mim do que eu de ti. Mas também não gostas menos. A quantidade está certa e é tudo o que precisamos saber.
02 abril, 2013
25 março, 2013

Beija-me. Faz-me acreditar que existes em mim. Que todo o mundo lá fora não importa mais. Faz-me esquecer os anos que cresceram em nós. E beija-me outra vez. Agarra o silêncio nos meus lábios. Mistura o teu corpo no meu e deixa que eles se encontrem despidos de pudor, em movimentos descontrolados, com a paixão que nunca sentiste. Beija-me o cabelo, as pálpebras, a testa, o umbigo, as pernas. Beija-me sem início-meio-e-fim. Agarra-me e não me soltes mais de ti. Sussurra-me ao ouvido aquilo que temeste dizer-me até hoje. O fado já não espera até ao primeiro minuto do novo dia. Não me deixes ir. Diz-me agora o que sentes, faz-me esquecer de respirar e traça-me a vida para o lado do coração. E enquanto a noite se torna nas cinzas que pisaremos amanhã, só me resta o indelével silêncio e o cheiro pestilento da solidão dos momentos em que não estás aqui. Beija-me que prometo adormecer...
19 março, 2013

- Estava com saudades tuas - sussurraste.
Olhei-te e apenas consegui sorrir.
A vida demora mas não falha. E tens razão quando dizes que o mundo lá fora não importa quando estou contigo. Na verdade, nesse momento só tu importas.
Fala-me de ti. Deixa que o teu corpo me fale também. Quero saber onde começam os teus lábios e onde acaba o teu abraço. Quero saber de onde vem o teu cheiro. E perceber exatamente onde é que me perco. Faz-me acreditar que o nosso tempo vai durar mais. Um pouco mais. É que eu não sei se sei ser tudo o que sou contigo sem ti.
E como eu gostava de ter a eternidade para nós, num destino qualquer. Mas hoje o tempo voa, amor...
18 março, 2013

16 março, 2013

14 fevereiro, 2013
07 fevereiro, 2013

Acho que escrevo sobre coisas que não entendo. O que me sobra em jeito com as palavras, peca-me em jeito com quem realmente gosto. E nem sempre sou mais e melhor. Às vezes a naturalidade atrapalha-me. Tropeço na minha própria ingenuidade, na simplicidade com que acabo por pintar aquilo que sinto. Às vezes os detalhes existem e eu não dou conta. E se calhar nunca me tinha apercebido que há detalhes que deixo que passem ao lado. Tudo porque nunca tive ninguém que visse mais detalhes que eu. E se me perguntarem se preferia morrer estúpida, obviamente responderei que não. Os detalhes são partículas curiosas e caricatas que alimentam histórias. E eu quero sabê-los de cor. Quero gastar tempo com eles. Quero que a gente partilhe tudo isso, pacientemente e numa escuta ativa imutável. Quero continuar a escrever sobre ti. E com ou sem jeito, ser mais e melhor. Sabes, a Califórnia é muito longe, se não levava-te lá, meu amor...
17 janeiro, 2013

Perder quem gostamos é perder também pedaços de nós. Não conseguimos compensar a nossa ausência. Ausência de palavras, de afetos e principalmente daquilo que somos. Quando alguém que gostamos parte, sentimos que ficou tudo por fazer, tudo por dizer. É tarde demais. Não há mais tempo. E hoje apercebi-me que há imensas pontas soltas. Mas no meio disto tudo, gostar é, ainda, o mais difícil. Porque quem gosta, importa-se. Porque quem gosta, sofre nas partidas. Há partidas muito precoces, mas só partem mais cedo as melhores pessoas, para irem preparando a festa. Não sabemos até onde podemos viver, mas sabemos que a nossa vida ninguém a pode viver por nós, mesmo que, quando formos velhos, tenhamos perdido muitos pedaços pelo caminho. E as nossas perdas são também o espelho daquilo que somos.
Obrigada por levares um pedaço de mim.
Obrigada por levares um pedaço de mim.
Tiago Gonçalves [1988-2013]
12 janeiro, 2013
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Sabes uma coisa? Às vezes penso na sorte que tenho em ti. E nunca chego a uma conclusão. Não sei se te procurei ou se te encontrei. Não sei se realmente sei tudo a teu respeito ou se esse teu lado misterioso me deixa encantada. Não sei se gosto mais do que conheço ou se o que desconheço me faz investir. Não sei se te tenho para me fazeres feliz ou se sou feliz por te ter. Tu confundes-me. Porque na verdade não sei bem até onde posso gostar de ti. Às vezes gostava que discutisses comigo, me magoasses. Porque quero à força toda que sejas real. A tua presença desencaminha-me os pensamentos. E eu agora estou a pensar em ti e tu não estás aqui.
11 janeiro, 2013
09 janeiro, 2013
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