17 abril, 2013

A estupidez é uma doença. Pelo menos para mim, é. E as doenças pagam-se caro. Vivemos numa sociedade estúpida, doente e preconceituosa, onde só têm lugar os jovens, os belos e os espertos. Todos os outros são meros expectantes; verdadeiras personagens secundárias de uma realidade triste aos olhos de quem ama, de quem deseja, de quem se apaixona e de quem quer ser feliz. A verdade é que o amor, o desejo, a paixão e, em última instância, a felicidade são sensações estereotipadas, castradas e reduzidas por quem se acha o maior na sua verdadeira insignificância. A afetividade continua a ser um fantasma. Nos dias que correm é "normal" (como me perturba esta palavra) ouvirmos falar de Amor. Mas sabemos mesmo o que a palavra significa? Teremos capacidade de a sentir no nosso dia-a-dia? Ousaremos partilhá-la com alguém? Se calhar somos estupidamente pequenos para saber a sua dimensão. O vulcão químico interior não está sempre ativo, se não morreríamos não de doenças mas de uma fogosa paixão. Ao Amor tudo e nada lhe pertence. Não o quero sustentar com frases feitas. Não o quero tatuar com o "viveram felizes para sempre". Não o quero para mim. Quero-o para nós. Quero senti-lo. Agora.
E na verdade, são esses expectantes de que falava à pouco que vivem à margem da estupidez. Hoje não quero ser estúpida, por isso vou amar-te até amanhã. Não para-sempre, porque criar expetativas e ilusões é um fator destrutivo da felicidade e eu quero apenas um paraíso possível, onde tudo é "infinito enquanto dura".

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