29 maio, 2011

No momento em que estamos firmes, estamos sozinhos. A-vida-é-um-poço-de-situações-inesperadas.
Quantas histórias não ficam por contar? Pois...
O relógio apontava 18h30m. As conversas pareciam não ter fim, os olhares fitavam-se e as expressões preenchiam os espaços vazios daquela sala-de-estar. Se achava que as pessoas atropelavam-se quando se conheciam, acabei por tropeçar nos meus próprios "preconceitos". Nem tudo tem uma explicação, principalmente quando o silêncio é a melhor e, ao mesmo tempo, a única resposta possível. E se pensarmos na quantidade de vezes que caímos no erro de tentar o "certo", concluímos que são exactamente as mesmas vezes em que nos surpreendemos. E mais vale nos surpreendermos do que nos desiludirmos, ainda que, quando conhecemos alguém, seja dado o melhor e o pior de nós. E o poder que damos a alguém faz-nos perder a respiração uma data de vezes ao longo da vida. Eram 6h30m da manhã e o sol nascia lá fora. "Sim, vou embora, mas volto."

Adele - 21

28 maio, 2011

Era uma vez, e 4 anos se passaram. Como se só o inicio e o final se conhecessem. E a forma despercebida como esse tempo se desloca na nossa vida, coloca-nos a correr riscos enormes. Os riscos aumentaram, de tal forma que não sei se tomei todas as providencias de segurança, para sair ilesa se algo não correr bem. O seu abraço é do melhor que já senti, e quero acreditar que isso é o suficiente para que nos próximos 4 anos eu saiba contar a história. História essa que está espectacularmente diferente. 

20 maio, 2011

Às vezes pergunto-me porque é que amamos o que é fácil. E nunca sei a resposta. O mais que faço não vale nada. Se calhar nem tem que valer.

18 maio, 2011

Sinto-me estupidamente saudosa, só de olhar para trás.

15 maio, 2011

E se tu nunca mais voltares?

13 maio, 2011

Às vezes sei muito mais do que consigo dizer. Porquê?
Era uma vez um amor. Agora são dois.

11 maio, 2011

Sinto que há mais do que distância entre nós.
Hoje percebi que a cumplicidade também se perde. E saí de tua casa atordoada porque não sei como isso aconteceu, tendo em conta que te dei o mundo e que me deste o outro. Culpo-te por tudo o que me fazes sentir. E culpo-me por ter perdido tudo o que sentia e pelo que não sinto, também. Chego a dar por mim a pedir aos céus para voltares, ainda que este amor seja meu. E depois de te amar, percebi que tens o que eu não tenho. E que isso é tudo o que eu te dei.

09 maio, 2011


between two hearts, babe.

Tenho tantas saudades do que poderíamos ter sido.
Pisar o risco é o que nos acontece quando nos distraímos. E preferia não ter que o fazer de cada vez que me aproximo de ti. 
Já percebi que és a causa da minha alienação e que não consigo jogar este jogo sozinha. E as regras, essas quebram-se sempre. 
Sabemos que as coisas podem não correr bem, mas arriscamos. Arriscamos sempre. Talvez por isso acredite que, em alguns momentos, precisamos de passar pelas coisas sozinhos. E é bom acreditar que somos fortes o suficiente.
Hoje quis ser o que já fui. E não consegui.

08 maio, 2011


Maybe I know somewhere deep in my soul
That love never lasts 


Não sei se deva acreditar em tardes-demais, nem sei se todas as coisas têm uma razão para acontecerem. E é maior a lista das minhas dúvidas, do que a das certezas que dormem ao meu lado todas as noites. Tenho uma vida recheada de conceitos, rótulos e respostas-pendentes. E nada disso explica aquilo que vejo.
As pessoas são o passatempo umas das outras. Talvez seja por isso que, nos relacionamentos, procuramos sempre alguém que nos divirta, que dance connosco a noite inteira, que nos leve a lugares bonitos e tenha paciência para todas as vezes que não suportamos a cambada de pensamentos estúpidos que atrapalham a nossa racionalidade. São os ditos relacionamentos por conveniência, em que as pessoas aturam-se umas às outras e, por consequência, cansam-se umas das outras. Explicações miseráveis que nada me dizem. Mas eu não quero respostas, porque acredito que quanto menos sei, mais "feliz" sou (ainda que envolvida por toda a utopia dessa palavra).
A verdade para além de ser cruel, dá-nos a razão das coisas acontecerem. Nessa altura, podem existir os tardes-demais, e esses, eu dispenso.

07 maio, 2011

- She's my best friend - disse ele ao amigo de Erasmus.
E isto foi do melhor que ouvi na noite de ontem.

05 maio, 2011

Há dias em que as forças parecem sair pelos poros da nossa pele, onde a adrenalina mexe connosco e fazemos coisas que jamais estariam nos planos. Ouvem-se odes em tudo o que é sítio e o movimento dos outros é a nossa sintonia. Acontece que nunca gostei de planos e quando os tinha nunca os cumpria. A vida é assim: uma mescla de coisas que estupidamente absorvo. Só que as coisas transformam-se, a força dissipa-se e os dias parecem não ter meio e fim, só início.

04 maio, 2011

- Os seus olhos têm um mundo inteiro lá dentro - disse-lhe.
- Isso é porque eles roubaram um pedacinho dos seus, sem dar conta.
Não queria que fosses a melhor ilusão que já tive, porque isso significa que nada do que vivi contigo foi real. De contos de fadas está o mundo cheio, e eu também. Se continuares a mentir, eu vou-me embora. E é fodido pensar que já devia ter ido embora há muito tempo. Pois é, este é um dos meus defeitos: saber esperar.
Odeio ser tantas coisas ao mesmo tempo. Não me decido e é por isso que as pessoas não me entendem. É por isso que não sabem se devem aproximar-se ou não de mim. Nem eu sei, porque tudo à minha volta me suga, como se a vida estivesse a fugir para dentro de mim. E eu quero-a, então deixo-a entrar. Mas quanto mais ela entra, mais me sinto a sair. E sair de mim própria não é nada bom.
Ela não pode deixar que alguém se aproxime o suficiente para a magoar. Seria falta de amor próprio e isso ela não tem. 
Há momentos que não conseguimos deixar de estar presos. É um querer-voltar-atrás viciante e ter a real consciência que ontem já existia passado. E esse passado não volta, não.

03 maio, 2011

Não preciso saber o significado de todas as coisas para saber o que elas são e para que servem. Acontece que as pessoas precisam de desafios, de uma vida flexível e sem conceitos. O equilíbrio é o ponto forte de poucos, e o ponto fraco de quase todos. Mas esta estúpida condição rouba-nos o sabor de todas as grandezas que actuam sobre si. E quando há equilíbrio nenhuma mudança acontece: nem má, nem boa.
Tu consegues ser o meu equilíbrio e o meu desequilíbrio, também. E nesta estranha dicotomia posso ter a certeza de, pelo menos, uma coisa: a existência de duas forças opostas. É aqui que entra o amor-ódio, a certeza e a dúvida, o medo e a aventura, o compromisso e a liberdade, o sorriso e a lágrima, a responsabilidade e a loucura. Tu e eu. E é como se existisse qualquer coisa entre nós que me fizesse acreditar que, um dia, vais pedir-me que te ature a vida inteira. Nesse dia vou saber responder-te que, com todo o nosso desequilíbrio, consigo gostar de ti, da forma mais equilibrada possível. Sabes, é bom quando me desafias. E se te respondo da mesma forma é sinal que, ainda, estou viva.

02 maio, 2011

Gostar de alguém é uma batalha diária. As pessoas sabem como usar as suas tiradas poéticas que conquistam à primeira-vista. E depois há sempre quem caia nelas. E quanto mais batalhamos, mais defesas vamos perdendo. Fica a descoberto todos os nossos fracassos e as nossas investidas, também. E as batalhas duplicam quando ficamos entre duas pessoas (que poderiam muito bem ser a espada e a parede). Sim, entre duas pessoas que gostamos. A escolha é assustadora. Mas ouvi dizer que devemos optar sempre pela pessoa que não nos fez escolher. Quem nos fez escolher, não merece que o escolha. E aí, nessa situação, é como se alguém tivesse colocado o dedo na ferida, mais uma vez. E quando demora muito a cicatrizar, é sinal que ainda está tudo a descoberto, que as defesas ainda não foram repostas.