Não preciso saber o significado de todas as coisas para saber o que elas são e para que servem. Acontece que as pessoas precisam de desafios, de uma vida flexível e sem conceitos. O equilíbrio é o ponto forte de poucos, e o ponto fraco de quase todos. Mas esta estúpida condição rouba-nos o sabor de todas as grandezas que actuam sobre si. E quando há equilíbrio nenhuma mudança acontece: nem má, nem boa.
Tu consegues ser o meu equilíbrio e o meu desequilíbrio, também. E nesta estranha dicotomia posso ter a certeza de, pelo menos, uma coisa: a existência de duas forças opostas. É aqui que entra o amor-ódio, a certeza e a dúvida, o medo e a aventura, o compromisso e a liberdade, o sorriso e a lágrima, a responsabilidade e a loucura. Tu e eu. E é como se existisse qualquer coisa entre nós que me fizesse acreditar que, um dia, vais pedir-me que te ature a vida inteira. Nesse dia vou saber responder-te que, com todo o nosso desequilíbrio, consigo gostar de ti, da forma mais equilibrada possível. Sabes, é bom quando me desafias. E se te respondo da mesma forma é sinal que, ainda, estou viva.
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