28 abril, 2010

podia ser menos frequente sentir saudades tuas e mais fácil sentires saudades minhas. mas remar contra a maré sempre foi o meu passatempo preferido.

25 abril, 2010

foi a primeira vez que não me despedi de ti. sim, eu sei que odeio despedidas, mas hoje, ao contrário de todos os outros momentos em que a despedida aconteceu, eu não te tive nos meus braços, não senti a tua respiração no teu peito e nem sei de que cor é a camisola que levas na viagem de regresso a casa. sabes, foi a primeira vez que senti que a despedida é a melhor coisa do mundo. no nosso caso, a despedida é um ritual. e todos os rituais que se quebram têm mau prognóstico. eu não sei viver sem as nossas despedidas. e é estupidamente irónico pensar que evito e fujo a um "adeus" e procuro, incessantemente, em ti um até já. 
[ deviantart ]

21 abril, 2010

há planos que demoram um século. e nunca gostei disso, nem de me sentir vencida e de esperar que a vida me dê o que me prometeu. estas coisas nunca acontecem. as pessoas lutam e desistem, consecutivamente. e, consecutivamente, planeiam e desiludem-se. e por mais barcos de papel que façamos, não significa que vamos fazer um cruzerio, um dia. "longe da vista, longe do coração", antes fosse sempre assim. mas é irónica a forma como nós próprios nos cuidamos. mesmo que doa, a gente faz na mesma a viagem. e sejamos sinceros, barcos de papel não resistem às tempestades.

20 abril, 2010

tens sugado o que de melhor tenho. mas hoje não, hoje não... 
[ ffffound ]

19 abril, 2010

never say never, baby.

18 abril, 2010

quero Jazz, muito Jazz. e noites em que possa deitar a cabeça no teu peito e ficar assim.
lembraste da última vez que me "amas-te"? eu não... caí no erro de achar que esse dia não iria chegar. o quão estúpida são as pessoas. quando a gente ama, é claro que a gente não cuida. agarro nos óculos de sol, na nossa fotografia e nas chaves do carro. vou tentar descobrir onde é que a nossa história tem erros ortográficos, onde é que me esqueci de fazer pontuação ou em que momento é que não te deixei fazer parágrafo e falar aquilo que eu precisava de ouvir. palavras bonitas? fica com elas. preciso de certezas, de saber se me vês contigo, sei lá, não no futuro, agora! eu quero que seja agora. não me deixes para amanhã, que eu preciso de ser a tua prioridade.
os dias fogem, fogem e nunca mais voltam. e isso até podia nem ser uma preocupação, mas hoje dei por mim a pensar no quanto estúpidos somos quando gostamos de alguém. e ser-se estúpido para a vida toda não é objectivo para ninguém. será que, algum dia, poderemos ser donos de nós próprios? eu sou tua, desde que sinto isto (isto que chamam d'amor), e tu nunca foste meu... esqueceste-te de levar contigo tudo aquilo que te pertence e agora vejo-te em cada pormenor do meu quarto. e sonho contigo a sussurrar-me ao ouvido e a fazer-me cócegas. sabes, as lembranças é a pior coisa que te esqueceste de levar. estás a dever-me mais uma noite, uma noite que não te vi, nem soube de ti...

14 abril, 2010

para esta fase, desejo um boa sorte para mim, do tamanho do que já vivi. não vivi tudo, mas foi quase-tudo. e estes dias têm passado tão subtilmente que nem os sinto. pézinhos-de-lã e uma festinha na cara, num daqueles fins de tarde que nos esperam, com um sol quente a bater-nos nas costas e um sumo natural de maracujá a provocar um choque térmico neste turbilhão de emoções. tem sido um ano cheio de pormenores aqui, ali e acolá. e não sei se terei espaço para viver o que falta. é possível conseguir sentir as coisas antes delas sequer acontecerem? é que elas passaram por mim, mesmo à um pedacinho, uma-a-uma, em câmara lenta. pézinhos-de-lá e uma festinha na cara, é o que quero sentir quando já tiver vivido tudo, tudo o que tiver, efectivamente, acontecido.

12 abril, 2010

- gostar das pessoas faz-nos ser "parvos".
às vezes custa-me tanto dar-te razão... e no fim? no fim, sinto-me parva!

11 abril, 2010

há histórias-que-se-repetem-vezes-sem-conta. e são vezes-sem-conta as vezes que passo a noite à tua procura, no meio dos meus lençóis que nem sequer gravaram o teu cheiro. e a última vez que nos beijámos às escondidas? pois bem, eu não sabia que seria a última...

10 abril, 2010

é nesta cidade que me movo em todas as direcções, agitada e inquieta. que grito e me calo, exactamente no minuto seguinte. todos os meus sonhos são criados aqui, e perdidos aqui também. e quando vou desorientada pelas ruas desgastadas pelo tempo, cruzo-me com pessoas que me conhecem (sei lá de onde), que param para me cumprimentarem e iniciam conversas triviais. é nesta cidade que procuro o sol e vejo a noite a cair-me em cima das mãos. e após 4 anos, é estranho pensar numa vida diferente desta, sem segredos, nem histórias-de-momentos-nunca-iguais. é nesta cidade que vejo o melhor e o pior de mim. o melhor foi-me dado por ela, o pior eu já trazia no bolso das jeans e apenas queria livrar-me disso. agora que tudo está a caminhar para o fim, lembro-me de todas as noites que adormeci com estas luzes de fundo, lembro-me de todas as vezes que me perdi nas ruas paralelas à Baixa, lembro-me dos fins de tarde na Foz e no Cais e nas tardes que me sentei na Ribeira a ver as pessoas, em passo acelarado. estupidamente já sinto falta disto tudo. porque sei que de todas as vezes que chorei, foi aqui que essas lágrimas foram limpas. e os momentos que vivi, nada nem ninguém, os vai superar. porque aqui senti-me feliz e aqui já sofri mais do que em qualquer outro lado, principalmente porque o pior de mim estava no bolso das jeans. e lembro-me de todas as directas, de todos os cafés e bares, e de todos as vezes que soube exactamente o que era uma música a fazer de um momento raro, um momento único.

08 abril, 2010

- Porque é que estás a chorar? - perguntou-lhe preocupado.
- Porque estou feliz. (mentiu)
- Mas choras sempre que estás feliz?!
- Não...

04 abril, 2010

há julgamentos que simplesmente não podem ser feitos. mas percebi que és expert nisso e num ápice soltam-se vários filmes nessa tua cabecinha-de-menino-grande. a insconsciência de que palavras ferem mais que atitudes é a única coisa que está perto na tua vida. manténs longe aquilo que te poderia fazer bem, com medo que a esse bem estejam aliados sentimentos antagónicos e estúpidos. mas esse teu estranho medo de ser feliz faz-me uma certa confusão. é como se vivesses sempre na mesma batida e eu em batidas inconstantes e alucinantes. preciso de cruzar a minha vida com a tua, novamente. mas diz-me quando é que isso será possível quando nem tu próprio sabes explicar as tuas próprias palavras e atitudes? a minha sorte é que não tenho poder sobre ti. ao contrário já não posso dizer o mesmo. mas tanto faz.

03 abril, 2010

às vezes as pessoas não dormem porque passam a noite a pensar na pessoa que gostam. e quando começamos a gostar de alguém, ninguém nos avisa que podem estar associados sentimentos-que-machucam. a verdade é que a quantidade de vezes que nos preocupamos com os sentimentos de outra pessoa acaba por cansar. tudo o que cansa, desgasta. e sim, há relações q.b. de desgastadas. cada vez mais me convenço que o amor cansa as pessoas: ou elas cansam-se de ser amadas, ou então cansam-se de amar e viver em modo fighting. há sentimentos estúpidos e estúpidos sentimentos. e é curioso eles repetirem-se nas relações. sabemos sempre quando eles chegam e nunca sabemos quando vão embora. e muitas vezes quando vão, esquecem-se de fechar a porta. é fodido.