01 agosto, 2009

‘Ela espera’, presente do indicativo do verbo esperar. O combinado é não esperar. E as nossas vidas têm rumos tão diferentes e tão incertos que não vale a pena esperar. Jogamos os dados ontem, lembraste? Agora só temos que ‘esperar’ que o destino faça a sua própria justiça. Não acredito no destino, nos búzios, nas cartas que dizem com quem vamos casar, quantos filhos teremos, ou se algum dia teremos uma doença crónica, mas sim, gosto do cheiro a incenso, da bola de cristal, das pedras dos signos, das misturas orientais. Gosto de me camuflar nesses mundos, que não são meus. Estranhamente esperamos que mil coisas aconteçam. Tu esperas, a vida passa por ti, sem dares conta dela, dos seus segredos, dos seus pormenores. Sentes a angústia a invadir o teu mundo e encolheste.
Momentos depois vacilas e esperas que tudo passe. A verdade é que continuas aí, no mesmo sítio, com a mesma postura e quando levantas a cabeça para espreitar o mundo, vês que a vida, simplesmente passou por ti e nem sequer parou para te cumprimentar ou te dar a mão…

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