Somos instantes. Nada mais do que isso. Mas queria ter-te na minha vida de forma intemporal. Desde o princípio que me avisas que todas as histórias têm finais. Sejam eles quais forem. O teu destino nunca esteve nas minhas mãos. E quem me dera tê-lo por um segundo, apenas. Dar-lhe-ia um segundo de intensidade, na esperança de que ele se apaixonasse por mim e nunca mais me quisesse largar. O teu destino, esse incerto e sorridente, diz-me que não pode ser meu. Porque és livre como o vento e eu nunca te iria querer partilhar com o mundo inteiro. És mais do que isso. És um pedaço de carne e de alma que me faz crer que o meu fado também é incerto e sorridente. Sabes, na verdade o meu destino nunca esteve tão longe e tão perto do teu. E isso significa que nunca te terei mais do que aquilo que somos: instantes.
28 outubro, 2013
24 outubro, 2013
Imaginar-te não me chega. É por isso que quero dizer-te que me fazes falta. Não raras vezes penso que estás em todo o lado. Mas não te vejo. E sei que, efetivamente, nunca estiveste lá. Isso faz doer. Porque o tempo continua a ter vida própria e foge-me sempre que te imagino. Tu és a coisa mais difícil e, ao mesmo tempo, a mais simples de guardar. Porque os teus detalhes são infinitos e aquilo que tu és parece-me eterno. Conheço-te de trás para a frente e isso assusta-me. Consigo ler-te de olhos fechados, tocar-te quando estás (tão) longe, e sentir o teu cheiro quando oiço a tua voz pelo telefone. Sei exatamente quem sou quando me abraças. E nunca quis ser tanto. Na verdade, eu só quero ser simples. E que os meus detalhes te façam imaginar-me, mas que isso também não te chegue.
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