25 abril, 2013

Ao longo da nossa vida nem sempre conhecemos as pessoas certas. Ou então não somos as pessoas certas para elas. Quando gostamos muito de alguém nem sempre damos a oportunidade de nos mostrarem tudo antes de "entrarem". E quando começam os estragos, percebemos de forma inequívoca que essas pessoas já estão emaranhadas, impregnadas em nós, como pedaços que já fazem parte. Nessa altura, percebemos que os tardes-demais também existem. E que a única palavra que descreve integralmente a VIDA é a INTENSIDADE. E para mim ser intensa é acreditar que todas as minhas histórias podem ser eternas. É acreditar que as relações são simples e que não têm prazo de validade. E se calhar o meu maior problema nem é acreditar, é ser a pessoa mais intensa que já conheci.
- Sabes, odeio pessoas em geral.
- Ao contrário de ti, o meu maior problema, é não as conseguir odiar.

17 abril, 2013

A estupidez é uma doença. Pelo menos para mim, é. E as doenças pagam-se caro. Vivemos numa sociedade estúpida, doente e preconceituosa, onde só têm lugar os jovens, os belos e os espertos. Todos os outros são meros expectantes; verdadeiras personagens secundárias de uma realidade triste aos olhos de quem ama, de quem deseja, de quem se apaixona e de quem quer ser feliz. A verdade é que o amor, o desejo, a paixão e, em última instância, a felicidade são sensações estereotipadas, castradas e reduzidas por quem se acha o maior na sua verdadeira insignificância. A afetividade continua a ser um fantasma. Nos dias que correm é "normal" (como me perturba esta palavra) ouvirmos falar de Amor. Mas sabemos mesmo o que a palavra significa? Teremos capacidade de a sentir no nosso dia-a-dia? Ousaremos partilhá-la com alguém? Se calhar somos estupidamente pequenos para saber a sua dimensão. O vulcão químico interior não está sempre ativo, se não morreríamos não de doenças mas de uma fogosa paixão. Ao Amor tudo e nada lhe pertence. Não o quero sustentar com frases feitas. Não o quero tatuar com o "viveram felizes para sempre". Não o quero para mim. Quero-o para nós. Quero senti-lo. Agora.
E na verdade, são esses expectantes de que falava à pouco que vivem à margem da estupidez. Hoje não quero ser estúpida, por isso vou amar-te até amanhã. Não para-sempre, porque criar expetativas e ilusões é um fator destrutivo da felicidade e eu quero apenas um paraíso possível, onde tudo é "infinito enquanto dura".

16 abril, 2013

A noite chega sempre escura e fria. E não raras vezes me deito sozinha sobre ela. Outras vezes sozinha e sem ti. Não é bem a mesma coisa, sabes. Sozinha é não estares do lado direito da cama, mas estares em todos os outros lados. É sentir-te em cada canto, em cada pormenor, em cada detalhe. Sozinha e sem ti é desejar-te com toda a força e tu não estares, é procurar o teu cheiro nos meus lençóis e só encontrar o meu, é virar-me de costas para a tua vaga na esperança que me abraces como eu gosto e como só tu sabes e essa esperança morrer. Esta noite vou deitar a cabeça na almofada cansada por não saber onde estás. A noite continua escura, mas vem aquece-la, amor...
Ás vezes a vida atira-nos pessoas estranhamente capazes de nos fazerem felizes. E essas pessoas não sabem ao certo o poder que têm. Certas. Erradas. Não importa se nos fazem felizes. Se nos fazem felizes, agora e amanhã também. Bem-me-quer. Mal-me-quer. Bem-te-quero. E tu? Sabes quão certa ou errada sou na tua vida? A quantidade de vezes que nos fazem cócegas nos pés, que roubam o nosso melhor sorriso, que procuram respostas no nosso olhar e invadem e atrapalham os nossos sentidos, acaba sempre por nos confundir da cabeça aos pés. E, de todas essas vezes, ousamos acreditar que somos tudo aquilo com o que fazem de nós. Eu sou feliz. Por tua causa. Por tudo o que fazes de mim. Não gostas mais de mim do que eu de ti. Mas também não gostas menos. A quantidade está certa e é tudo o que precisamos saber.

02 abril, 2013

Hoje acordei às 5:30 da manhã com o coração vazio de ti. Não ouvi a tua voz antes de adormecer e tive saudades tuas enquanto dormia...