
Há coisas que me separam de ti. Os passados desencontrados, os horários apressados e incompatíveis, as responsabilidades e os compromissos que não partilhamos, mas que dão cor à nossa vida. Na ausência e na saudade gosto de ti. Mais ainda. Sempre gostei, mesmo à distância e nos quatro anos em que nos perdemos. Aos poucos aprendemos a gostar dos que não estão connosco todos os dias. Gostar é saber esperar. Até que chega o dia do contador de histórias. E a nossa história começou assim: louca, emaranhada, excitante. Uma daquelas histórias com principio-meio-e-fim. E quando o fim chegar, começámos tudo de novo. Porque eu estou contigo e tu estás comigo. E apenas isso tem chegado para existirmos no plural e para continuarmos a escrever... Nesta história, às vezes acordo a meio da noite para sonhar. E é aqui que me apercebo que, da mesma forma que há coisas que me separam de ti, há outras que nos unem, numa simbiose perfeita.
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