30 agosto, 2011

"As pessoas perfeitas não mentem, não discutem, não erram e não existem."

25 agosto, 2011

Esta é a altura certa para chapares na minha cara todos os teus defeitos. Ou pelos menos alguns. Sem doces enganos, ilusões ou camuflagens. Quero tudo, tudo o que de pior tiveres. Convém ser agora, antes de gostar efectivamente de ti. Porque agora ainda consigo evitar. E amanhã... Amanhã não sei.
Quero apenas que o teu sorriso seja o meu abrigo.

24 agosto, 2011

Vou amar-te sempre que o amor me quiser.

Sabes, vou querer afogar-me nas fotografias que tirar nas nossas viagens. O silêncio do teu olhar tem um poder sereno e avassalador; onde me perco e me encontro, constantemente. E essas fotografias nunca o vão conseguir guardar. E eu precisava dele de todas as vezes que viajas sem mim.

23 agosto, 2011

O "nunca" é uma invenção estúpida e idiota.
A música ouve-se ao longe, por entre o barulho do amanhecer lá fora e a tua respiração no meu ouvido. Tu abraças-me e sinto-me completamente atordoada e confusa. E ficas sempre com aquele ar de quem anda a tramar alguma. Deixo que isso não me preocupe, que as cores percorram o meu corpo e eu fique presa àquilo que me fazes sentir e não somente ao que sinto. E da mesma maneira que é tarde para voltar atrás, é cedo para seguir em frente. Por isso, fico assim, amimada e saciada com tudo aquilo que sei de ti. Sei pouco, eu sei. Mas sei o suficiente para saber de mim, também.

22 agosto, 2011

Não queiras saber de mim.

19 agosto, 2011

Há coisas que tentas explicar que não têm explicação. É como a chuva no verão ou o sorriso a esconder a lágrima. Mas não deixes tudo ficar como está. Tornou-se uma vida metódica, melódica, irremediavelmente atípica e atemporal. E estamos à margem um do outro. As lembranças fazem doer, como se a roupa que trago se rasgasse em pedaços e eu ficasse exposta a todos os perigos do mundo. De ti, não quero lembrar nada. Porque levaste de mim muito e o que ficou foram restos de palavras que decorei de tanto as ouvir. E por vezes ficamos cansados, principalmente de esperar. Espero amanhã não ser mais a mera expectante à espera do teu primeiro-passo. Primeiro-passo esse que não chega. Que nunca vai chegar.

17 agosto, 2011

A indiferença paga-se caro. Muito caro.
Se achares que eu mudei é sinal que estiveste fora durante um tempo. E também é sinal que voltaste. Se amar alguém existe, deixar de amar também deve existir, não é? Mas nunca ninguém deu nome a esse estúpido sentimento. Amar mexe com o coração, "desamar" magoa o corpo todo. E possivelmente não é falta de amor, é perda dele (em algum momento ele esteve lá). É fodido pensar na grandiosidade do amor, porque nunca ninguém ousou achar-lhe um antónimo. Talvez com medo da sua grandiosidade, também.
O amor não passa de uma distracção.

11 agosto, 2011

A saudade chega a doer.
“O lixo dos sentimentos é uma espécie de película peganhenta de indiferença que entra pela «porta dos fundos» da nossa vida e nos guarda, para viver, um quartinho nas traseiras do nosso coração. (…) Eu, por mim…defendo que, em vez de guardarmos (só para nós) aquilo que doa, não devemos de deixar de depositar, devidamente acondicionado, dentro de quem nos magoa, a autenticidade de tudo o que sentimos (mesmo que pareçam desperdícios). E defendo mais: que assumamos esta irresistível tendência de separarmos (dentro de nós) o lixo dos sentimentos, levando a que a sua reciclagem nos permita transformar tudo o que nos mói em sinais interiores de riqueza. (…) Desde que tudo o que era para se deitar ao lixo se fale: com um som, com um nome, num gesto ou por um sinal (mesmo que seja simples ou fugaz). Mas que se fale. Porque, afinal, o lixo dos sentimentos embrulha-se de um silêncio que nos atordoa. E mata, em combustão lenta, todos os namoros da vida.”


"Chega-te a mim e deixa-te estar" - Eduardo Sá