28 agosto, 2010

amar na primeira pessoa, eu preciso que me ames na primeira pessoa.

26 agosto, 2010

nos últimos tempos tenho-me sentido insuportável. não com os outros. comigo mesma. não suporto pensamentos, indecisões e dúvidas. não suporto a ideia de ser feliz e não suporto estar sozinha (que contradição parva). não suporto as férias e não suporto a ideia de "futuro". não me suporto, porque tenho-me sentido insuportável.

24 agosto, 2010

- esqueceste-te do nosso café.
- não esqueci.
- não? e posso saber porque não apareceste?
- hã.. eu tenho medo de cair no erro de não saber o que falar que não seja... 
(silêncio)
- é que... eu ainda não suporto a ideia de teres outra pessoa. nunca vou suportar. é isso.

todos nós precisamos cair um pouco, para levantarmos novamente.

se por ventura soubesse que não ia dar certo, nem tentava. o problema é que nunca sei e arrisco sempre. mas, desta vez não consigo. e a capital é muito longe, muito longe.

23 agosto, 2010


dizem que não se esquece o primeiro-amor. e é mesmo. não sei se o quero esquecer, da mesma forma que não sei se o quero lembrar. só tive um primeiro-amor. e isso rasgou-me por dentro. porque quem tem muitos,  tem sempre o corpo carregado de alguns rostos conhecidos e o sofrimento é dividido. quando o corpo exibe as cicatrizes de uma só pessoa, é como se só a ela pertencêssemos. o problema se calhar é o intitularmos de "o primeiro-amor", e se calhar é apenas isso: "o primeiro amor". 
- cá para nós que ninguém nos ouve, para quem reconhece as cicatrizes, não foi apenas e só isso. foi o primeiro-amor, o segundo, o terceiro... até alguém chegar e começar tudo de novo.

não te consegui responder ontem, eu sei. mas também não esperava que voltasses a acabar uma mensagem daquela forma. ainda sabes dizer que me amas e eu ainda me arrepio sempre que o leio. ainda sabes me procurar a meio da noite e soltar um desabado estúpido, porque não o queres carregar sem que eu o saiba. e eu não te consegui responder ontem, eu sei.

22 agosto, 2010

se 'nada' me prende aqui, então porque tenciono ficar?
- os dias felizes não têm história, sabias?
- eu tenho muitas histórias e poucos dias felizes.
- mas isso és tu que és estranha.
- ya, sou estranha e tenho medo de ser feliz.

20 agosto, 2010

“O meu lugar, o nosso lugar, não é mais do que um hábito muito repetido. Ninguém diz que aquele é o seu lugar na mesa, se já ali não se tiver sentado muitas vezes. Ninguém revela com segura propriedade que o seu lugar no sofá é aquele, se nesse mesmíssimo local já não tiver adormecido umas quantas vezes, a ver um filme do Jackie Chan. Há pessoas que se transformam num lugar por passarmos tanto tempo com elas. Há pessoas que são o nosso lugar preferido. E daí as habitarmos como se fossem um quarto, uma casa ou uma cidade que gostamos muito. Alguém disse que o amor é um lugar estranho. E aqui entre nós, tinha razão.”
Fernando Alvim
hoje só quero esquecer que, em algum momento, já fui feliz. a minha boca (ou a tua, whatever) tem um sabor a passado que me faz estremecer. e hoje só quero esquecer e escrever para um dia lembrar. e nada disto é confuso se souberes quem sou (se é que algum dia soubeste).

19 agosto, 2010


S. tem 22 anos, uma licenciatura nas mãos, um futuro incerto e desfocado e sente-se meio sozinha. Isto dá que pensar, não?

- O sexo é o lugar mais seguro e protegido neste mundo vão, - disse-me ele enquanto nos servia as bebidas - Primeiro é simples, depois tem resultados que se sentem à flor da pele e ainda tem a bondade de nos livrar de qualquer preocupação. O tempo concentra-se num só ponto muito quente que depois se derrete e desaparece. - O sexo é uma coisa muito estranha.
 Pedro Paixão

- nós sofríamos imenso com a distância.
- sofríamos é passado?
- é passado e é fodido.
existem umas quantas 300 histórias que eu escrevi. eu-sou-capaz-de-voar.
"O amor está sempre depois do sexo. Todo o antes é duvidoso. Os suores e a respiração ofegante que antecipa o acto são por vezes confundidos com o acto de amar. É um "amo-te... mas quero-te nú", "amo-te... mas quero percorrer todo o teu corpo com as mãos". É um amo-te permissivo. Enquanto o pronunciamos é tesão o que saí pela boca, não amor. Os beijos deixam de ser carinhos e passam a ser desejos. E é-nos dada a possibilidade de possuir qualquer parte do corpo alheio com uma única palavra. É feito sexo com a desculpa do amor. No fim, depois dos corpos exaustos, se houver espaço para um último toque, para um último beijo, se houver vontade para um olhar é o amor a falar: "Amo-te"."
Leonor de Almeida.

18 agosto, 2010

 



és uma espécie de clichê.
os laços que nos unem às vezes são impossíveis de explicar. eles conectam-nos, mesmo depois de terem sido quebrados.

16 agosto, 2010


quanto mais tempo passa, mais me sinto a regredir. e quem regride, fica para trás!

10 agosto, 2010


pequenos pedaços de nós são levados por outras pessoas e outros são tirados por nós próprios para que tudo se encaixe. então, você um dia olha e não sabe mais quem é.

a pessoa que inventou o "felizes para sempre" devia levar uma sova daquelas...

06 agosto, 2010


uma chávena de chá verde bem fresco e a melhor conversa de sempre com alguém que conheço à pouco mais de dois dias.

05 agosto, 2010


preciso de um tempo. precisamos sempre de mais tempo. e precisar de tempo não é exactamente o mesmo que sobreviver. não é...

01 agosto, 2010


quando alguém nos magoa, queremos magoá-los de volta. quando alguém erra connosco, queremos apenas estar certos.