23 agosto, 2010
dizem que não se esquece o primeiro-amor. e é mesmo. não sei se o quero esquecer, da mesma forma que não sei se o quero lembrar. só tive um primeiro-amor. e isso rasgou-me por dentro. porque quem tem muitos, tem sempre o corpo carregado de alguns rostos conhecidos e o sofrimento é dividido. quando o corpo exibe as cicatrizes de uma só pessoa, é como se só a ela pertencêssemos. o problema se calhar é o intitularmos de "o primeiro-amor", e se calhar é apenas isso: "o primeiro amor".
- cá para nós que ninguém nos ouve, para quem reconhece as cicatrizes, não foi apenas e só isso. foi o primeiro-amor, o segundo, o terceiro... até alguém chegar e começar tudo de novo.
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