14 agosto, 2014

O verão chegou. Ainda que não sinta o sol a aquecer o meu corpo. Estás longe e talvez por isso os dias custem mais a passar. Mas sei que estás feliz, porque a tua voz engasga-se nas gargalhadas e histórias que a tua boca sussurra ao telefone. São já cinco dias sem ti. E a eternidade desses cinco dias parece não acabar. Não sinto apenas saudades tuas. Sinto saudades de toda a vida que és em mim. De tudo o que sou quando estás por perto. Do teu cheiro misturado com o meu nas madrugadas no teu apartamento. Da tua calma ao ouvires-me contar tudo e mais alguma coisa. Do mimo que sai em forma de beijos dos meus lábios e percorrem cada centímetro do teu corpo, no pescoço, nos ombros, nas pernas. Sinto saudades de nós. E de ti, individualmente. Até parece ridículo dizer isto. Mas de uma forma muito crua sei dizer-te que te quero. E quem me dera que fosses só um amor-de-verão. O meu verdadeiro problema é que me aqueces em todas as estações. E o verão ainda nem sequer vai a meio.

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