09 setembro, 2012

Ainda tenho tanta coisa boa guardada para nós. Ainda está tudo por acontecer. Falamos muito. Aparvalhamos mais. Mas dedicamos sempre um tempo àquilo que me faz desejar-te e que te faz desejar-me, também. E nesse tempo não se ouvem vozes. Ouve-se só, de quando em vez, pequenos gritos, palavras fracas e arrastadas, frases por acabar, respirações pulsadas e ofegantes. Tudo se faz e se desfaz a seguir. Os corpos respiram vontade. E o desejo apaga qualquer ruído e toma conta de nós. Não há palavras, só olhares. O meu corpo despe-se em pormenores e o teu enche-se de detalhes, com movimentos que não se esgotam. Há coisas infinitas. E esta deve ser uma delas...

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