
As pessoas esquecem-se que nascemos todos iguais. Debaixo da roupa, somos e estamos todos nus. E essa é a natureza da nossa pele. Nua. Que nos protege; guarda o que sentimos; capta, filtra e interage com o mundo físico (que teima em entrar); grava o que somos nos outros através do nosso cheiro e da nossa presença. A nossa pele é a nossa aparência, a impressão digital, o ADN visível, a personagem que queremos usar, a nossa superfície.
Tudo deixa marcas. E a vida não tem medo de nos lembrar delas. Mas as minhas memórias têm cheiros. Cores. Sabores. Emoções tatuadas. Marcas na pele que muda sempre que o teu corpo toca no meu.
Eu sou a pele que há em mim. E escrever faz-me acreditar que aquilo que vivemos é definitivo. Definitivo e eterno.
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