Quando cheguei a tua casa, a porta já estava fechada. O som da campainha acordou-te, desceste e era eu.
- Está frio. Anda... - disseste-me.
Beijei a tua testa no elevador, mas a minha vontade era beijar o teu sorriso, com todas as saudades que ousei sentir durante estes dias. Entramos devagarinho e abraçaste-me secreta e silenciosamente.
Os laços renovam-se. As amizades renovam-se. E o amor, também. E aquilo que nos une é um pouquinho mais do que as noites que fico do lado esquerdo da tua cama. Noites inteiras a olhar-te, como se nada no mundo pudesse interromper o teu sossego, doce e tranquilo. Às vezes acordas e percebes que estou a olhar-te. Com um sorriso envergonhado, vens para ficar mais perto e voltas a adormecer. Fazemos isso vezes sem conta, porque as horas não existem quando estou contigo.
Sabes, não és a minha inspiração, mas tens sido a minha história (e eu a tua). E escrever sobre ti faz-me sentir-te mais perto. É talvez o melhor doce engano de sempre. E esse já o conheço de trás para a frente. Diz-me algo que eu, ainda, não saiba...
Nenhum comentário:
Postar um comentário