skip to main |
skip to sidebar
por vezes ela adormece com a sensação de que não entende, e não entende a razão de não entender. é verdade que as coisas são mesmo assim: complexas e instáveis. ela sabe que são falhas de comunicação, que são palavras não ditas ou camufladas num conjunto de versos sem sentido, como se de uma poesia real se tratasse. não é preciso belas e doces palavras para soltar um sentimento estúpido (e digo estúpido, porque magoa-nos não sabermos dar nome às coisas). e eu não sei dar nome a imensa coisa na minha vida. não sei como se chama a relação que tenho contigo, ou o sentimento que me domina quando me falas ao ouvido. não faço ideia de como se pronuncia o teu nome em dialecto de "amor". não sei quantas vezes tentei dizer-te que não me imagino sem ti, nem quantas vezes tentei contar-te as minhas histórias passadas, as conversas-de-café-depois-de-jantar que já tive com as minhas melhores pessoas. eu não sei nada de palavras. mas pior que isso é não saber de amor, de sentimentos estúpidos que mexem comigo de forma avassaladora e que, irremediavelmente, me fazem ir por aqui e não por ali. por vezes, ela adormece com a certeza de que o que aprendeu com a vida não é nada, comparando-o com aquilo que a espera, amanhã. e tem sido assim, todos os anos, todas as passagens, todos os ciclos. sem fim.
Ser complexo e instável como dizes no texto é algo que permite com que a vida seja tão fantástica e que dê vontade de lutar!
ResponderExcluirA vida nao pode ser isolada no mundo, tudo tem um fim, a mentalização de um ser é que nos torna tão fáceis de pescar para percebermos que o que interessa é o dia a dia e nao o fim, o fim irá chegar, mas até lá existe o amanha e o depois, depois , depois , depois ....etc ...