23 agosto, 2009

ter o mundo aos seus pés e não ter coragem de o agarrar e tirar-lhe o devido proveito. na maioria das vezes que tentou voar, não soube bem o que a esperava: se um abismo, se um voo infindável. poder ter as asas, a vontade e a força mas faltar-lhe o ar, o céu, o impulso para... até pode sentir que existe tudo para "dar certo", mas só o sabe (ou talvez o contrário) se tentar, se em vez de se esconder na sombra dos outros for ela mesma, se vestir o papel-principal, se encarar o público e assumir as consequências da sua personagem, porque das duas uma: ou recebe palmas misturadas com elogios ou vão-se embora depois de muito a criticarem. e na verdade, ela não tem nada a perder. o mundo não está aos seus pés, mas ela tem a coragem de lutar por ele e tenta tirar-lhe o proveito, todos os dias. porque todos os dias são dias, de voar.

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